Fogo começou por volta de 2h30 de domingo (27) e matou pelo menos 232.
Boate recebia festa de estudantes da Universidade Federal de Santa Maria.
O alvará de funcionamento da boate Kiss, que pegou fogo na madrugada deste domingo (27) e deixou pelo menos 232 mortos, em Santa Maria (RS), estava vencido desde agosto do ano passado, segundo comandante do Corpo de Bombeiros da Região Central do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs. Ele disse que o documento serve para atestar as condições de prevenção e combate a incêndios.
"Está vencido desde agosto. O alvará é necessário para o funcionamento da casa na sua normalidade", disse ao G1.
Mais cedo, a Brigada Militar havia dito que 245 pessoas haviam morrido na tragédia, mas o número foi revisto no início da tarde.
O retirada dos corpos foi concluída no final da manhã. Outras 131 pessoas ficaram feridas e foram levadas para atendimento em hospitais da região.
Segundo informações preliminares, o fogo teria começado por volta das 2h30, depois que a banda que se apresentava teria utilizado sinalizadores durante uma espécie de show pirotécnico.
As faíscas teriam atingido a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, e iniciado o fogo, que se espalhou pelo estabelacimento em poucos minutos. O incêndio provocou pânico, e muitos presentes não conseguiram acessar a saída de emergência.
O número de pessoas que estavam na boate ainda não foi confirmado. A festa "Agromerados" reunia estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, dos cursos de Pedagogia, Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia e dois cursos técnicos.
A polícia e o Corpo de Bombeiros ainda trabalham no local em busca de mais informações sobre as circunstâncias da tragédia. A investigação vai ficar a cargo da 1ª Delegacia de Polícia de Santa Maria. Testemunhas já estão sendo ouvidas.
Polícia busca mais corpos com cães farejadores
Embora a polícia tenha anunciado que havia retirado todos os corpos do local do incêndio em Santa Maria, as buscas seguem no interior da boate.
De acordo com major Ávila, da Brigada Militar, o trabalho agora é feito com a ajuda de cães farejadores. "Vamos fazer mais algumas vezes. Mas, em princípio, não se encontraram mais corpos", disse à Rádio Gaúcha.
Ainda de acordo com o major, a polícia também se preocupa em manter intacta a estrutura da boate para o trabalho da perícia.
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