Fenômeno do humor na internet, grupo Porta dos Fundos tem mais de 89
milhões de visualizações no YouTube e planos de se lançar no cinema
"A gente achou que ia dar certo, mas não em tão pouco tempo." A frase do
ator Fábio Porchat, 29, é repetida quase literalmente por seus quatro
sócios na produtora de humor Porta dos Fundos.
Lançado há seis meses, o canal da empresa carioca no YouTube tinha, até a
noite da última quinta, mais de 728 mil pessoas inscritas. Seus 62
vídeos somavam mais de 89 milhões de exibições.
O sucesso de público foi acompanhado pelo de crítica: foram o primeiro
canal on-line a vencer o prêmio da APCA (Associação Paulista de Críticos
de Artes), concorrendo na categoria de TV, como programa de comédia.
Hoje, são procurados por empresas interessadas em usar seu humor para promoção na rede e preparam um longa para o cinema.
Se a escalada rumo à notoriedade foi rápida, o modelo que consagrou a
produtora -vídeos curtos, com esquetes de humor nonsense, ligados ao
cotidiano- vinha sendo desenvolvido há tempos.
O embrião foi a série humorística "CSI: Nova Iguaçu", criada pelo
publicitário Antonio Tabet, 38, do site Kibeloco, e pelo diretor Ian
SBF, do site Anões em Chamas.
A eles se juntaram amigos: dois atores e roteiristas talhados na comédia
stand-up (Gregório Duvivier, 26, e Porchat) e um publicitário e
roteirista de TV, João Vicente de Castro, 29. O projeto do quinteto:
fazer vídeos de humor para a internet que eles mesmos gostariam de
assistir.
Cada um dos cinco investiu a mesma quantia (que eles não informam) para preparar uma série de vídeos.
O primeiro deles foi ao ar em agosto passado. Tinha um formato de
programa, com pouco mais de 15 minutos, abertura, um comercial "fake" e
esquetes.
"Percebemos que, com o programa, gastávamos oito esquetes num vídeo só e
isso tinha menos visualizações do que se lançássemos individualmente",
diz Duvivier.
Assim, aderiram ao formato de dois vídeos novos por semana (postados às segundas e quintas) e pretendem expandir para três.
Atualmente, o quinteto faz duas reuniões semanais para aprovar os textos
e grava até quatro vídeos por semana, dividindo as tarefas.
Porchat e Duvivier ficam com roteiros e atuação; Tabet cuida da
divulgação, além de escrever e atuar eventualmente; Ian SBF dirige e
João Vicente se concentra na parte comercial -o telefone no escritório
da produtora, uma sala no centro do Rio, não para de tocar.
PYTHON E TV PIRATA
Quando falam do tipo de humor que os influencia, citam os ingleses do
Monty Python, o americano Mel Brooks e os brasileiros da "TV Pirata".
Como esses, gostam de escrever para atuar.
O sucesso de vídeos como "Spoleto" -que satiriza o tipo de atendimento
da rede de restaurantes e virou um "case" publicitário, levando a marca a
contratar o grupo- fez com que empresas procurassem a produtora.
Já fecharam contrato para produzir vídeos para uma montadora de
automóveis e têm outras negociações em andamento; muitas delas, no
entanto, não prosperam.
"A Porta dos Fundos não tem rabo preso com ninguém. Então temos
dificuldade em adequar os pedidos das empresas ao nosso humor. Mas elas
estão começando a ter coragem", diz João Vicente.
A trupe, no entanto, não pretende trazer os anúncios comerciais para dentro da própria casa.
"O Porta virou esse fenômeno também por causa do cansaço das pessoas com
a mesmice da TV. Nós somos algo diferente e, se começarmos a ter
anúncio, vamos ficar iguais à TV", diz Porchat.
O dinheiro ganho até agora -eles não falam em valores- está sendo reinvestido na expansão da produtora.
"Contratamos mais funcionários, compramos mais equipamentos, gastamos
mais com vídeos. Nosso objetivo final é a empresa. Não estamos fazendo
isso como vitrine para nos chamarem para outras coisas, esse é o meu
trabalho", diz Porchat.
O grande objetivo é ter uma plataforma própria de vídeos e, assim, não
ter de dividir os lucros gerados pela audiência com o Google, empresa
dona do YouTube -a exemplo dos sites americanos College Humor e Funny or
Die.
Alcançar o mercado estrangeiro é outra meta: os vídeos já têm boa
audiência em Portugal, e a trupe coloca legendas em inglês, apostando
que seu humor é traduzível.
"Nossos esquetes não falam de questões brasileiras, mas de situações um
pouco universais. Como bebemos na fonte do Monty Python e desse humor
absurdo, acaba sendo transportável para outras culturas", diz Duvivier.
Migrar para a TV não faz parte dos planos, apesar de sondagens da Globo,
do Multishow e do Comedy Central. Na verdade, o que eles fizeram foi se
desligar da TV.
"Pela primeira vez, não é mais preciso ser da Globo para fazer sucesso.
Não estou esnobando, gosto muito de trabalhar lá, mas posso me dar ao
luxo de não querer escrever para a Globo e isso não acabar com a minha
carreira", diz Porchat, que atua no seriado "A Grande Família".
"Essa geração quer fazer as coisas do seu jeito, e o Porta dos Fundos talvez seja a expressão máxima disso."
LEIA MAIS EM : www1.folha.uol.com.br
VÍDEO DA SEMANA TRAILER OFICIAL: Mané Brasil O Casamento TV LP HD
Aponte seu Leitor de QR code
para o Código e tenha acesso
a conteúdos exclusivos na tela do seu Celular
Total de visualizações deste site
MAIS UM POUCO SOBRE MINHA PESSOA:
MAIS UM POUCO SOBRE MINHA PESSOA: sou produtor de Vídeos autodidata, ou seja aquele que aprende as coisas sozinho desde dos meus 15 anos venho mexendo nessa areia de Audiovisual já tenho 19 anos pretendo ser um profissional nesse tipo de trabalho, tenho muitas produções em vídeos tenho um site que você pode estar vendo tudo lá, graças a Deus ele me deu esse Don de mexer com isso virou realmente um hobby para mim esse é o meu site LeoProducoesTv.BlogSpot.Com bom acesso
uma Simples HOMENAGEM ao nosso Produtor LEONARDO DINIZ
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário